quinta-feira, dezembro 07, 2006

Pela noite

Pela noite concedias me o favor,
Abriam se as portas do altar
E a nossa nudez iluminava o escuro
À medida que genuflectia. E ao acordar
Eu diria “abençoada sejas!”
Sabendo como pretensiosa era a bênção:
Dormias, os lilases tombavam da mesa
Para tocar te as pálpebras num universo de azul,
E tu recebias esse sinal sobre as pálpebras
Imóveis, e imóvel estava a tua mão quente.

Arsenni Trakovskii

2 comentários:

Espaços abertos.. disse...

Só pasei apra te desejar bom fim de semana:P


Jinhus da Zulu

Anónimo disse...

Sr. vendo
Caíram os tracinhos nos tempos verbais deste poema ?!
anita