terça-feira, maio 15, 2007

Não és tu

Era assim tímido esse olhar,
A mesma graça, o mesmo ar;
Corava da mesma cor,
Aquela visão que eu vi
Quando eu sonhava de amor,
Quando em sonhos me perdi.

Toda assim; o porte altivo,
O semblante pensativo,
E uma suave tristeza
Que por toda ela descia
Como um véu que lhe envolvia,
Que lhe adoçava a beleza.

Era assim; e seu falar,
Ingénuo e quase vulgar,
Tinha o poder da razão
Que penetra, não seduz;
Não era fogo, era luz
Que mandava ao coração.

Nos olhos tinha esse lume,
No seio o mesmo perfume,
Um cheiro a rosas celestes,
Rosas brancas, puras, finas,
Viçosas como boninas,
Singelas sem ser agrestes.

Mas não és tu... ai! não és:
Toda a ilusão se desfez.
Não és aquela que eu vi,
Não és a mesma visão,
Que essa tinha coração,
Tinha, que eu bem lho senti.

Almeida Garrett

3 comentários:

Anónimo disse...

pois pois esse coração malandro senhor vendo deixou de sentir... um beijo

Sandra. disse...

:))

marrukinuuuuuuuuuuuuuuuu

o garret teve um sonho e na mihor parte acordou e candu pôs as mãos no coiso num batia, é isso?

xinhuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuus hiphop pa tu da lua

Anónimo disse...

Bem...sr vendo
Quando a ilusão cai... 1º reconhece-se que foi uma ilusão e depois... é uma chatice! e... lá vamos nós de novo atrás de mais uma ilusão...porque será que o ser humano é assim?
aninha