segunda-feira, abril 30, 2007

Interrogação

Não sei se isto é amor. Procuro o teu olhar,
Se alguma dor me fere, em busca de um abrigo;
E apesar disso, crê! nunca pensei num lar
Onde fosses feliz, e eu feliz contigo.

Por ti nunca chorei nenhum ideal desfeito.
E nunca te escrevi nenhuns versos românticos.
Nem depois de acordar te procurei no leito
Como a esposa sensual do Cântico dos Cânticos.

Se é amar te não sei. Não sei se te idealizo
A tua cor sadia, o teu sorriso terno...
Mas sinto me sorrir de ver esse sorriso
Que me penetra bem, como este sol de Inverno.

Passo contigo a tarde e sempre sem receio
Da luz crepuscular, que enerva, que provoca.
Eu não demoro o olhar na curva do teu seio
Nem me lembrei jamais de te beijar na boca.

Eu não sei se é amor. Será talvez começo...
Eu não sei que mudança a minha alma pressente...
Amor não sei se o é, mas sei que te estremeço,
Que adoecia talvez de te saber doente.

Camilo Pessanha

3 comentários:

Sandra. disse...

:))

" sentindo doyos fexados"

xinhuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuus pa tu da lua

Sandra. disse...

marrukinuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu

bai ó meu blog pq te desafiei :)))

Anónimo disse...

Mais um belo poema!
o problema está mesmo aí...quando somos atingidos pela interrogação sobre o lugar do outro na nossa vida!
aninha