segunda-feira, julho 17, 2006

Tudo é substituído...

Quando crestando o céu
a noite se espalha,
tudo é substituído...

o sol verde das folhas pela paúra dos troncos,
o barulho das borboletas pelo silêncio dos uivos,
o trabalho pelo sexo,
a sombra pelo vulto,
a dor pelo sono. Cai
a cor do chão, laminada sob a lua.

Mas o mar, não.
Tudo é substituído menos
o mar que morre.

Que deixa o nada desenhado
entre a espuma e a espátula
do horizonte:
o aposento de um filho perdido
é seu lugar vazio deitado na noite...

1 comentário:

Anónimo disse...

Como sempre..poemas em grande estilo,o mar,a noite,as estrelas,enfim tudo...

Adorei,bela banca!!:))

Jinhus Da Zulu