O calor soltou
A floresta nua
Já não há floresta
Nem passeios à tona d'água
Nem sombra leve sobre os rins
O céu tornou-se-nos um fardo
O nosso corpo é uma presa
Vestida de maduras lágrimas
Os dedos são pregos sangrentos
Os seios giram sobre si próprios
A boca só tem irmãs
Deixou de haver janelas para abrir
Já não há paisagem
Nem ar puro nem impuro
Os nossos olhos voltam à sua nascente
Sob a carne nua da sua beleza natal
Paul Éluard
2 comentários:
Bem....com tudo isto e algumas propostas:))) é uma mais valia para a tua banca!!!
Adorei como sempre.
Jinhus da Zulu
Zulu:
Não se algum dia não irei mesmo aceitar :)))))
Besitos ;)
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